terça-feira, 8 de março de 2016

Entrevista com a The Cross (Doom Metal)

Corporation Northeast




1. Como se deu a escolha do nome?


Em primeiro lugar obrigado pelo espaço cedido, Okill? O nome da banda surgiu de uma noite longa de insônia! Rs. A cruz chegou como um símbolo inquisitório, que pra alguns traz a ideia de salvação, mas para mim, não. Então eu sugeri “Cross” e o primeiro baterista da banda, Jorge “King Cobra”, deu a ideia do “The”. Então fomos eu e ele bolamos o nome.


2. É sempre necessário manter as raízes ou evolução é essencial para qualquer banda?


Manter as raízes é importantíssimo, mas a evolução musical também é essencial, desde de que esteja dentro do estilo que você se propõe a fazer.


3. Quais são as grandes referências musicais do The Cross?


No inicio da banda tínhamos muitas influencias, que iam do Death (Morbid Angel, Malevolent Creation, Death), Thrash (Kreator, Overkill e, claro, Slayer) até o Black Metal – os dois primeiros álbuns do Samael tiveram um impacto considerável no som do The Cross. Como sou o único membro da banda desde o inicio, falarei as minhas: Black Sabbath e os primeiros discos do Trouble e do Candlemass.






4. Como era ter tocar Doom Metal nos anos 90 em contraste com os dias de hoje?


Era muito estranho, principalmente pra quem esperava ouvir um som rápido! Nos anos 1990 nunca tocamos com outra banda de Doom – era sempre Death, Black ou Thrash Metal. Hoje esse estilo é muito mais conhecido no Brasil, o que facilita a aceitação do público.


5. Como tem sido a resposta do público em relação ao último trabalho, Flames Through Priests? Fale um pouco sobre o trabalho de composição das faixas "Cursed Priest” e “Sweet Tragedy”.


Tem sido muito boa. Sobre a criação, fomos eu e Elly Brandão (guitarra base) que basicamente fizemos as letras e as músicas. Juntamos ideias, gravamos e as estruturamos, dando assim vida às duas músicas do EP. Enquanto fazíamos as músicas sempre nos colocávamos no lugar dos fãs, como se estivéssemos ouvindo lá em baixo do palco, para captar o sentimento adequado pras músicas. 


6.Parabenizo desde já a presença de vocês no Palco do Rock desse ano (puta show!). Essa apresentação teve o resultado esperado?


Realmente foi um grande show. Grande também foi o público, que nos recebeu calorosamente depois de 19 anos. Posso dizer que tivemos um resultado excelente com o show do PdR.


7. Esse ano marca a terceira passagem do The Cross no Palco do Rock. Conte pros nossos leitores sobre as diferenças de tocar no festival em 1995, 1997 e 2016?


 Foram momentos totalmente diferentes da trajetória do The Cross. O show de 1995 foi com a formação “clássica” da banda, à exceção de Tom (ex-Chemical Death) na bateria. Cheguei a anunciar no meio do show que iríamos gravar um disco (In the Beginning) naquele ano com Ephendy Steven, que produziu clássicos do metal baiano como Into the Black Order (1995) do Malefactor e O Terceiro Elo (1998) da Carnified, ex-banda do nosso atual guitarrista solo, Felipe Sá. Já em 1997 tínhamos outra formação, que incluía o grande Iaçanã Lima (ex-Headhunter D.C.) na bateria e minha irmã Cristiane nos teclados e backing vocals. O som era mais Funeral Doom, mais arrastado que nunca! Em 2016 tinha a nostalgia no ar dos fãs antigos, mais a curiosidade dos novos fãs e da mídia especializada. Posso dizer que a formação atual é a mais pesada e demoníaca de todas! Esta apresentação foi histórica, pra mim o melhor show do The Cross, Okill? Foi simplesmente devastadora, tanto a presença de palco da banda quanto a recepção do público.


8. O The Cross vai ter uma agenda cheia esse ano?


Com certeza! Confirmamos agora a nossa participação no Brasil Rock Metal Fest em Tucano, no dia 27 de Maio, ao lado do Amen Corner, Headhunter D.C. e Martydom, entre outros. Depois do lançamento do disco passaremos dois meses só fazendo shows na Bahia – temos convites de tocar em pelo menos seis cidades, incluindo Itabuna, Cícero Dantas e Feira de Santana. Depois disso vamos tocar em Teresina com o Anno Zero. 


9. Mensagem e agradecimentos


Agradecemos o apoio dos zines, blogs e de toda mídia que acima de tudo acreditam na música underground... E agradecemos especialmente aos fãs, pois estes realmente merecem nosso respeito! Agradecemos também a você, Bruno Cruz, que abriu esse espaço. Tenho uma mensagem que usava muito nos anos 90: que a sabedoria esteja sempre ao seu lado! Um forte abraço à todos... Evil Doom Metal Forever!







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Posted by Corporation Northeast on Domingo, 14 de junio de 2015

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